Sempre fui amada por uma mãe que soube me amar sem me possuir. Senti o poder do
amor que protege mas deixa ir. Ela me dizia: "O barco está seguro no
porto, mas não foi feito para isso".
Com ela aprendi que o amor não sufoca, liberta; e que liberdade
nada tem a ver com ausência de regras. Pude experimentar o amor que hora dizia
sim, hora dizia não; dava afeto e dava "carão". Aprendi que o
silêncio muitas vezes fala mais alto que qualquer discussão e que nada melhor
que o diálogo para fortalecer a relação; que o amor não cobra amor. O amor não
obriga; contagia. O amor é grato por natureza.
Aprendi que muitas vezes a melhor instrução é deixar cair. Que
há hora para direcionar e hora para deixar o filho decidir. Aprendi que
responsabilidade é tão importante quanto diversão. Que o amor, ao mesmo tempo,
educa e alegra. Com minha mãe aprendi o quanto é importante para o filho ver a
mãe sorrir e que firmeza não tem a ver com grito ou agressão, mas sim com
clareza de posição.
Aprendi que não há nada mais prazeroso que a ternura de um
abraço de mãe e nada mais acolhedor do que o seu olhar protetor. Aprendi que
amor de mãe independe do amor do filho. Amor de mãe insiste, persiste e não
desiste. Aprendi com ela o valor da adaptação. Para toda mudança de cenário, o
segredo é olhar para frente e apreciar a nova direção. Todo problema deve ser
considerado, mas nunca superdimensionado. Aprendi que ser mãe não é só alegria.
Que quanto mais ama, mais se desafia.
Aprendi que por mais fortes que sejam as mães, elas choram, nem
que somente de vez em quando ou escondidas no banheiro. Elas também têm medos,
decepções, cansaço e frustrações. Aprendi também que mesmo quando estão
"aos pedaços", se dividem ainda mais para se doarem aos seus. Como
minha mãe uma vez me escreveu: "Isto é o verdadeiro amor, aquele infinito
e único amor que vem de Deus. O amor que exige um esvaziamento de si. O amor
que dá a vida pelos outros e pelos seus".
E de todos os aprendizados que ela me ensinou, o mais essencial
é que podemos tudo perder, mas que nunca devemos perder a fé. Por mais estranho
que às vezes Deus possa parecer, é a Ele que devemos recorrer. É para Sua luz
que devemos olhar. Aprendi que Sua Lei devemos cumprir, e sua lei é amar!
Mãe, que Deus me capacite a amar meus filhos como você me amou.
Muito obrigada pelo seu amor, às vezes nem acredito que minha mãe é você.
Indescritível privilégio é ser sua filha. Amo você com todo meu ser!"
Texto de Marília
Fiuza fez para sua mãe.
(Fortaleza-CE)
Oi Ana,
ResponderExcluirQue texto maravilhoso! Eu adoraria ganhar um presente deste de minha filha.
Bjs
Tão belo! Tão digno de reflexão. Também sinto o mesmo em relação à minha mãe.
ResponderExcluirUma boa semana.
Beijos.
Que texto tão bonito! Gostei muito de o ler.
ResponderExcluirBeijinhos.
Sou possessiva toda.
ResponderExcluirSó sei amar e ser amada assim. Possessivamente.
Comovente! Revi-me em muitas frases.
ResponderExcluirObrigada por partilhar, querida.
Beijo
Oi Ana
ResponderExcluirQue texto maravilhoso, qual mãe não gostaria de receber palavras tão certeiras e bonitas, uma bela homenagem.
Beijo.
lindo texto. Não há livros que nos ensinem a ser mãe porque cada filho é um ser distinto do outro. Da minha parte, sinto que falhei em vários ângulos. Se sim ou não, eis a questão. O meu coração pende para o sim. Mas amei este texto de gratidão. Que Deus a abençoe.
ResponderExcluirMaravilhoso texto, senti um previlégio grande de ser filha da minha mamis que já se foi!
ResponderExcluirMas seus ensinamentos ficaram para sempre! bj
Nossa, que texto profundo e verdadeiro Ana!
ResponderExcluireu vou lendo e vou sentindo o carinho da minha mãe e ao mesmo tempo vou me colocando como mãe na minha relação com os meus filhos!
bjus querida, amei o post!
ana
Que texto lindo, Ana!
ResponderExcluirbjs
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