
Li este texto e gostei. Por isso estou repassando para vocês.
Não sei quem é o autor.
"Atualmente, é possível que, pela primeira vez na minha vida sinta-me como uma pessoa que sempre quis ser.
Não me refiro ao meu corpo, do qual às vezes, sinto alguma restrição, mas ao meu espírito.
Quando me vejo no espelho noto o passar do tempo e lembro-me dos meus saudosos pais. Tudo é passagem.
Não trocaria minha família, amigos próximos e minha valiosa vida atual para retroceder no tempo.
Conforme envelheço torno-me mais amável e menos crítica comigo mesma. Tornei-me meu melhor amigo.
Não me recrimino por ter comido algo não recomendável, nem tão pouco por gastar com alguns objetos e ações supérfluas.
A minha idade me permite ser excêntrico. Posso até ser extravagante, se quiser.
Testemunhei a partida precoce deste mundo de muitos familiares e amigos. Alguns deles que não puderam vivenciar a liberdade do envelhecer.
Qual o problema se eu decidir fazer o que quiser, como ficar no computador, não levantar da cama cedo, dançar nem que seja sozinho os sucessos dos anos 50, 60 ou 70, ou se quiser, até chorar por algum acontecimento que me marcou?
Não me preocupo com o olhar crítico dos jovens pois, se conseguirem chegar lá, amanhã estarão iguais a mim.
Sei que as vezes esqueço alguma coisa, mas não tem importância.
Com o passar dos anos vivi bons e difíceis momentos na vida, mas estou vivendo acredito que, melhor do que aqueles que não passaram por dificuldades. Ter o coração ferido nesta trajetória, nos dá força discernimento e compreensão.
Sou abençoada por estar vivendo o bastante para relembrar da juventude.
Quando na nossa idade nos preocupamos menos com o que pensam as outras pessoas.
Não nos policiamos muito e temos até o direito de estar errados.
Não vou viver sempre, mas enquanto aqui estiver, não desperdiçarei o tempo lamentando o que poderia ser ou ter feito, sem também, me preocupar com o futuro.
Que eu tenha sempre a amizade dos que me cercam".